quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O MITO DA CAVERNA DE PLATÃO


Parábola: Alegoria da caverna

Platão foi um filósofo da Antiguidade, um dos maiores da história. Viveu em Atenas e foi discípulo de Sócrates. Conhecemos a vida de Sócrates através de Platão, pois Sócrates não deixou escrito de seus pensamentos. Platão por sua vez, escreveu muitos “diálogos” (conversas filosóficas) nos quais Sócrates aparece e é por meio de muitos destes diálogos que temos conhecimento das reflexões filosóficas de Sócrates.



Entre os diálogos de Platão está a Alegoria da caverna encontrada no livro VI de “A República” no qual são expressas as ideias do nosso filósofo sobre o conhecimento e a educação na formação do Estado ideal.
Segundo o mito, havia um grupo de homens que desde o nascimento encontravam-se aprisionados em correntes dentro de uma caverna, nada conheciam do mundo exterior, a única coisa que os remetia ao mundo fora da caverna era as sombras que eram projetadas na parede da caverna devido a uma fogueira. Essas sombras projetadas na parede da caverna transmitiam imagens horríveis. Um dia um dos habitantes da caverna conseguiu se libertar e foi ver o que havia no exterior da caverna.
Após visualizar aquele mundo fora da caverna e ver que tudo era bonito e descobrir que as sombras que ele via dentro da caverna eram meros contornos, imitações errôneas do real, ele percebeu que podia andar livremente e desfrutar da liberdade e que passou a vida inteira julgando apenas sombras e ilusões, desconhecendo a verdade, isto é, estando afastado da verdadeira realidade. Maravilhado com esse novo mundo e com o conhecimento que então passou a ter da realidade, esse ex-prisioneiro lembra-se de seus antigos amigos no interior da caverna e da vida que lá levava. Imediatamente, sente pena deles e decide voltar à caverna para lhes contar o novo mundo que descobriu. Assim que chega a caverna ele tenta explicar aos prisioneiros que o que eles veem na parede são sombras trêmulas que imitam a realidade.
 Entretanto, como os prisioneiros não conseguem vislumbrar senão a realidade que presenciam e não acreditam nele, os prisioneiros dizem que ele está louco e que o que veem na parede é tudo o que existe. Por fim, acabam matando-o.



Platão mostra com a parábola que o filósofo é como o habitante liberto da caverna, que vai buscar o verdadeiro (o real). Porém, ele também nos remete à Sócrates, que foi morto por pessoas como os prisioneiros da caverna, isso devido a ter colocado em dúvida as noções que estavam acostumados a acreditar e por querer mostrar o caminho para o verdadeiro conhecimento. Podemos relacionar as formas refletidas no interior da caverna com as formas da natureza e o exterior da caverna nos remete a teoria das ideias de Platão.
Nós também somos muitas vezes como os prisioneiros, aprisionados a conceitos vagos, acostumados com o nosso cotidiano e com tudo que nos é apresentado, deixando por vezes de refletirmos para chegar a juízos corretos.
Portanto, a alegoria da caverna mostra-nos que os homens tem dificuldade para entenderem, a caverna é o mundo ao nosso redor, dos sentidos, precisamos deixar de ser levados pelas imagens errôneas que nos são apresentadas, que nos levam a pré-conceitos e pré-juízos e também é necessário nos libertarmos da ignorância. 





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