Parábola:
Alegoria da caverna
Platão foi um filósofo da Antiguidade, um dos
maiores da história. Viveu em Atenas e foi discípulo de Sócrates. Conhecemos a
vida de Sócrates através de Platão, pois Sócrates não deixou escrito de seus
pensamentos. Platão por sua vez, escreveu muitos “diálogos” (conversas
filosóficas) nos quais Sócrates aparece e é por meio de muitos destes diálogos
que temos conhecimento das reflexões filosóficas de Sócrates.
Entre os diálogos de Platão está a Alegoria
da caverna encontrada no livro
VI de “A República” no qual são expressas as ideias do nosso filósofo
sobre o conhecimento e a educação na formação do Estado ideal.
Segundo o mito, havia um grupo de homens que
desde o nascimento encontravam-se aprisionados em correntes dentro de uma
caverna, nada conheciam do mundo exterior, a única coisa que os remetia ao
mundo fora da caverna era as sombras que eram projetadas na parede da caverna
devido a uma fogueira. Essas sombras projetadas na parede da caverna
transmitiam imagens horríveis. Um dia um dos habitantes da caverna conseguiu se
libertar e foi ver o que havia no exterior da caverna.
Após visualizar aquele mundo fora da caverna
e ver que tudo era bonito e descobrir que as sombras que ele via dentro da
caverna eram meros contornos, imitações errôneas do real, ele percebeu que
podia andar livremente e desfrutar da liberdade e que passou a vida inteira julgando apenas sombras e ilusões,
desconhecendo a verdade, isto é, estando afastado da verdadeira realidade. Maravilhado
com esse novo mundo e com o conhecimento que então passou a ter da realidade, esse
ex-prisioneiro lembra-se de seus antigos amigos no interior da caverna e da
vida que lá levava. Imediatamente, sente pena deles e decide voltar à caverna
para lhes contar o novo mundo que descobriu. Assim que chega a caverna ele
tenta explicar aos prisioneiros que o que eles veem na parede são sombras
trêmulas que imitam a realidade.
Entretanto, como os prisioneiros não conseguem
vislumbrar senão a realidade que presenciam e não acreditam nele, os
prisioneiros dizem que ele está louco e que o que veem na parede é tudo o que
existe. Por fim, acabam matando-o.
Platão mostra
com a parábola que o filósofo é como o habitante liberto da caverna, que vai
buscar o verdadeiro (o real). Porém, ele também nos remete à Sócrates, que foi
morto por pessoas como os prisioneiros da caverna, isso devido a ter colocado
em dúvida as noções que estavam acostumados a acreditar e por querer mostrar o
caminho para o verdadeiro conhecimento. Podemos relacionar as formas refletidas
no interior da caverna com as formas da natureza e o exterior da caverna nos
remete a teoria das ideias de Platão.
Nós também somos
muitas vezes como os prisioneiros, aprisionados a conceitos vagos, acostumados
com o nosso cotidiano e com tudo que nos é apresentado, deixando por vezes de
refletirmos para chegar a juízos corretos.
Portanto, a
alegoria da caverna mostra-nos que os homens tem dificuldade para entenderem, a
caverna é o mundo ao nosso redor, dos sentidos, precisamos deixar de ser
levados pelas imagens errôneas que nos são apresentadas, que nos levam a
pré-conceitos e pré-juízos e também é necessário nos libertarmos da ignorância.
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